Tem nos olhos cor da lua quente,
Entre as violetas coroadas de espinhos
Ergue a forma esculpida reluzente
E se espalha em pólen pelos caminhos.
Cheiro molhado de pão e tulipas,
Raiz de fogo que se espalha em centelha,
Toda lagarta ganha asas um dia
Mas sem torpor de mel inveja a abelha.
Então espalha vermelho com seus passos,
Morde lábios, faz neblina,
Cria estrelas pela rua.
Depois abraça com seus braços
E foge dos encalços.
Já é manhã, se esconde lua!
Daniel M. Laks
08/06/06