terça-feira, 18 de março de 2008

versos frios

Meu verso triste e intoxicado,
É sangue coagulado
Que me rasga as veias.
Meu verso é tempo parado.

É um jogo de catracas frias,
Que formam um relógio quebrado.
Meu verso é lágrima que não escorre,
Um gosto amargo na boca que não morre.

É rochedo escarpado,
É a carta que não foi recebida,
É a vontado do grito que sai calado.

Meu verso é desalento desenfreado,
Que ecoa da guerra perdida.
Meu verso é o beijo frio de um desalmado.

Daniel M. Laks
18/03/2008

terça-feira, 4 de março de 2008

Cantiga para Laura

Morena,
Foi tão breve a nossa hora.
E agora você vai embora,
E eu não sei se vou rever.

Te conhecer,
Acalmou meu desalento.
Varreu tudo como vento,
Varre as folhas do jardim.

É, foi assim,
Resta do beijo uma lembrança.
Bate no peito uma esperança,
Que por muito não bateu.

Agora eu,
Vou seguindo meus caminhos.
Enfrentando meus moinhos,
Em busca do que sonhei.

Pois bem eu sei,
Que depressa o tempo passa.
E mesmo o que vira fumaça,
Deixa sempre uma impressão.

Está bem então,
Concordo foi curto o nosso caso.
Mas sei que não é por acaso,
Que vou sonhar com beijos teus.

Daniel M. Laks
04/03/2008