sábado, 30 de agosto de 2008

Talvez primavera

Queria que meus versos,
Não fossem tão confusos.
Que meus processos,
Não fossem tão difusos.

Que meus tantos desencontros,
Que meus prantos sem sentido,
Culminassem num único encontro,
Celebrado e repartido.

Onde esperança rimasse com conquista,
E desgostos passados escapassem a vista.
Um lugar onde sim fosse mais freqüente que não,
E minhas expectativas não se transformassem em ilusão.

Queria enxergar mais estrelas no céu,
Mas continuo mastigando flores,
Saboreando espinhos
E cuspindo fel.

Daniel M. Laks
30/08/2008

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Seco

Apertou os olhos para afastar os sono.
Lembrou de sua última paixão,
Sorriu de sua insensatez.
Não viu verso na lua ou nas estrelas,
Não tinha rosa pra falar de amor.
Sentia uma secura retirante,
E procurava em cada várzea descampada,
Poesia para matar sua sede.

Daniel M. Laks.
5/08/2008

Misturas

Minha nossa senhora,
Puta que pariu!
Meu Deus do céu,
Caralho.

Desilusões e nostalgia se confundem,
Com uma perspectiva no tempo.

Somos mistura de profano e sagrado.

Somos o imperativo categórico,
E vontade de potência.

Todos os paradigmas inquebráveis.
Porém, quebramos alguns.

Daniel M. Laks.
5/08/2008