I
Em graus da gente,
Que a gente esconde da gente,
E se esconde da gente, não rima,
Vento não rima,
No cais não rima,
Vela apaga no vento
E quebra na onda, não rima,
Que é turvo escrever no mar.
II
Tem sempre um carinho que não dói de ser carinho
Porque pra ser carinho não tinha que doer
Mas se dói a dor de ser carinho
Pode ser carinho sem carinho ser.
III
Na base do copo FAB: 19 08 11 14:56 VAL: 02 11 11
SERAC que o copo era de requeijão copo de vidro desses que tinha algo dentro e tinha
algo fora que junto com todo o resto não se destaca em nada de todo o resto e
nem de mais nada e nem de mais resto na desordem suturada das coisas que a
gente faz pilha na mesa e espinha na cadeira do lado que já é estante que tudo
tem um deslugar no seu lugar.
Daniel M. Laks
22/06/2012