terça-feira, 18 de março de 2008

versos frios

Meu verso triste e intoxicado,
É sangue coagulado
Que me rasga as veias.
Meu verso é tempo parado.

É um jogo de catracas frias,
Que formam um relógio quebrado.
Meu verso é lágrima que não escorre,
Um gosto amargo na boca que não morre.

É rochedo escarpado,
É a carta que não foi recebida,
É a vontado do grito que sai calado.

Meu verso é desalento desenfreado,
Que ecoa da guerra perdida.
Meu verso é o beijo frio de um desalmado.

Daniel M. Laks
18/03/2008

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