terça-feira, 17 de março de 2009

Papel de parede

Palavras desenhadas
No papel de parede
Em arranjo conciso
Pro silêncio demarcar.

Tom sobre tom,
Pra colorir seu olhar,
Disfarçado atrás
Dos óculos escuros.

A moça tem muitos muros.
Tem equilibrista
Na corda bamba,
Malabarista no sinal.

Ela caminha pelas calçadas,
Esboçando um ar casual,
Indiferente a suavidade concreta,
Que precede caminhos futuros.

Fora do papel de parede,
Sem corda bamba,
Malabaristas no sinal,
E muros.

Daniel M. Laks
17/03/2009