Minhas alegrias pulsantes não se resumem ao teu sexo,
Tuas viagens de avião, ou caminhadas matutinas.
Não se encontram nos uniformes das meninas,
Que se imaginam a beijar um homem perplexo.
Minhas alegrias não estão num copo de cachaça
Seriam por demais sem graça.
Se pudesse imaginá-las, que estivessem à beira
Do abismo, que criamos por acreditar em tanta besteira.
Então a parte que você esconde decidiu acreditar que isso passa
E assumir de vez uma caricatura devassa
Para simplesmente sair por aí.
Eu fingi por muito tempo que não sofri
Pra disfarçar o meu desejo,
De quando você me negou o único beijo
Que eu nunca formalmente te pedi.
Mas minhas palavras mudas buscam um porque,
E meus versos tortos o próprio pulsar
Eu entendo agora que não me basta esperar,
Pois o que quero não me pode oferecer.
Daniel M. Laks
22/12/2007
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