quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Cavaleiro do submundo

Meu verso é negro e frio,
Do seu mundo sou o inverso.
Meu peito é um deserto vazio,
Teu grito é meu riso submerso.

Algum dia já fui sincero,
Mas isso ficou no passado.
Transformei-me durante sonho abortado,
No que sobra das flores que dilacero.

Vai embora agora.
Bate a porta quando sair.
Nunca te prometi verdades,
Sou quem prima por mentir.

Eu caminho por bueiros,
Incapaz de te amar.
Do submundo sou cavaleiro,
Aquele que procura pra nunca encontrar.


Daniel M. Laks
10/01/08

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