domingo, 9 de janeiro de 2011

Desenho de Marco Lourenço


Ignoro que sei exatamente porque,
Mas depois do que se repete tanto,
Desencanto me parece algo tão clichê.
É que acordei com coração demais dentro de mim,
Para lapidar palavras que esfarelam.
Talvez se tivesse lhe apertado as mãos com mais força,
Se tivesse lhe tocado os joelhos,
Que é sempre muito importante acariciar os joelhos.
Porque toda moça deixa de ser sereia,
Quando sai do mar com gosto seco na garganta,
E o vento mudo que rodopia nos lábios
Daquelas histórias que nunca começam pelo início.

Daniel M. Laks
10/01/2011

2 comentários:

Nanda disse...

Escutei uma musiquinha quando comecei a ler este...Chama o Rodrigo e estudem um versao musicada! =)

Cirila Targhetta disse...

Adorei!
A poesia e o desenho..p