segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

De iniciar conversas gravadas Mastigar balas de hortelã Observar lagartixas mariposas esperanças E de repente até volto a tocar em vinil Meus próprios sonhos de cacos de vidro Eu já de tarde todas as manhãs Eu pirata palhaço folião Eu maremoto repetido das mesmas metáforas Eu leitor voraz de linhas de horizonte Eu com personagens que não me vestem bem Eu que viajo Eu que sincero Eu que escrevo como quem se corta Eu que sussurro súplicas á mão pesada Eu que trago um silêncio sufocado toda vez que grito Eu que deixo recado quando vou embora


Daniel M. Laks
21/02/2011

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