segunda-feira, 6 de fevereiro de 2006

Secura

Todas as flores que eu olho murcham
E todos os pássaros que eu tanto aprecio
Morrem com um simples espiar

Minhas asas foram cortadas
No justo momento
Que aprendi a voar

Meu fogo queima ardente
Em um coração despedaçado
Não quero seguir em frente
E nem posso me segurar no passado

Justo agora que o chão
Se abre na minha frente
Não tenho asas para voar
E caio gritando o seu nome
E me consumindo
A te esperar me segurar

Nesse momento invejo os bêbados
Sua bebida os embriaga
E permite fantasia
Das lágrimas que bebo
Destilo apenas dor e mais lágrimas

Daniel M. Laks
06/02/06

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