terça-feira, 2 de junho de 2009

Os sopros morrem quando a escuridão engole a praia

Ilusões vivem nos sopros,

E morrem do que for de morrer.


Não confio em anjos

Ou demais seres assexuados

Que ascendem aos céus.


Gosto daqueles que cospem fogo,

Que vêem andorinhas murcharem,

Que sangram da perna amputada,

E tem sorrisos junto às lágrimas.


Quero os dias que começam à noite,

E a precisão das paixões imprecisas.

Escutar o som das palavras que ressignificamos

Quando a escuridão engole a praia.


Daniel M. Laks

02/06/2009

3 comentários:

Rodrigo Hellmuth disse...

Lindo esse meu filho!!! o anterior só a organização dos versos que conflitaram com o que eu tinha em mente, ahh, gostei do título que colocou nele!

Unknown disse...

- Daniii! (ouviu?)


Qdo os ventos se encontram, é um furacão. Ou a soma dos vazios.

À noite venta mais.

Lamentamos de forma comemorativa!

Um beijo e um ombro p vc, amigo querido!

Anônimo disse...

Por que não repetir
enfadonhas indignações de despeito e
começar a reclamar
da comum predileção por figuras complicadas?

Da onde vem isso
que só as pessoas revoltas amam?
Elas que são fogo, são palavrões e ataques desmedidos
de ciúme, egoísmo ou neurose

Eu protesto
porque não sou assim vulcão
agressivamente belo e apaixonante
não sou bêbada e geniosa
pés descalços, saia e decote
cabelos despenteados e caco de vidro na mão

as ordinárias são
o que sou
e ninguém pode se contentar com tanta pequenez
é o que dizem

Então não nasci para o amor
só para amar
com a cabeça