Ilusões vivem nos sopros,
E morrem do que for de morrer.
Não confio em anjos
Ou demais seres assexuados
Que ascendem aos céus.
Gosto daqueles que cospem fogo,
Que vêem andorinhas murcharem,
Que sangram da perna amputada,
E tem sorrisos junto às lágrimas.
Quero os dias que começam à noite,
E a precisão das paixões imprecisas.
Escutar o som das palavras que ressignificamos
Quando a escuridão engole a praia.
Daniel M. Laks
02/06/2009
3 comentários:
Lindo esse meu filho!!! o anterior só a organização dos versos que conflitaram com o que eu tinha em mente, ahh, gostei do título que colocou nele!
- Daniii! (ouviu?)
Qdo os ventos se encontram, é um furacão. Ou a soma dos vazios.
À noite venta mais.
Lamentamos de forma comemorativa!
Um beijo e um ombro p vc, amigo querido!
Por que não repetir
enfadonhas indignações de despeito e
começar a reclamar
da comum predileção por figuras complicadas?
Da onde vem isso
que só as pessoas revoltas amam?
Elas que são fogo, são palavrões e ataques desmedidos
de ciúme, egoísmo ou neurose
Eu protesto
porque não sou assim vulcão
agressivamente belo e apaixonante
não sou bêbada e geniosa
pés descalços, saia e decote
cabelos despenteados e caco de vidro na mão
as ordinárias são
o que sou
e ninguém pode se contentar com tanta pequenez
é o que dizem
Então não nasci para o amor
só para amar
com a cabeça
Postar um comentário