terça-feira, 14 de julho de 2009

Entre versos

Ele chama e ela não responde.

A chama queima, mas ela se esconde.


Diz que fala pouco,

Grita pra dentro, aproxima e afasta.

Ele venta pra fora um ruído rouco

De tudo que foi dito e pra nada basta.


Enquanto queima, chama.

Enquanto clama não sei se ilumina.

Na caixinha de música tem uma bailarina,

Que dança sem nunca tirar os pés do chão.


Mas quando o som é a véspera do silêncio

Que destroça projetos e planos,

Restamos apenas nós dois:

Equilibristas urbanos nos fios de alta tensão.


Daniel M. Laks

14/07/2009

2 comentários:

Mayra Wainstok disse...

Adorei! Muito...

Anônimo disse...

Ele venta pra fora um ruído rouco
Eu grito pra dentro, aproximo e afasto
Destroçamos projetos e planos

Diz que fala pouco,
mas quando o som é a véspera do silêncio
Restamos apenas nós dois
De tudo que foi dito e pra nada basta