quarta-feira, 15 de julho de 2009

Último poema pra Ana Tereza

Não me procure mais.


Você sempre tão vaga

E eu dizendo tanto

Acho que faltam palavras novas


Não me procure mais.


Conto as horas pra te encontrar

Como quem busca se perder,

Depois, quando não me acho

Quero e não quero nunca mais te ver


Não me procure mais.


Imaginar já não sustenta,

Odeio quando me declamo

E age como se fossem versos.


Não me procure mais.


Ás vezes me faz bem,

Mas acho que me faz mais mal.

Isso é tudo e o resto.


Não me procure mais.


Daniel M. Laks

15/07/2009

Um comentário:

Anônimo disse...

Me identifiquei com esse.

Hoje, de repente, me veio
uma vontade de não vê-lo nunca mais
nem de relance
na orelha de um livro
ou nas beiradas do pensamento
Que sua ausência se materialize na eternidade
e não me venha perturbar jamais