sábado, 12 de junho de 2010

Pequenas notas ininteligíveis sobre fantasias, expectativas e desilusões


Ventos se encontram numa soma de vazios

Acho que porque no final,

O real foi apenas ilusório.

Sonhos nunca tiveram cheiro,

Minhas olheiras voltam a ficar convexas

No reflexo da colher,

E acredito que tudo isso seja, por que

Um espelho na frente do outro não cria o infinito


Daniel M. Laks

13/06/2010

2 comentários:

Helena disse...

Dani, seus poemas vão além do vento, dos furacões que se perdem no desencontro das palavras, ou das mãos que se abraçam sem atrair destinos. a fumaça tão densa do seu tabaco me parece esparsa, e às vezes penso que suas imagens tendem sempre a se disfarçar em sombras, ou qualquer outra coisa que não queira se mostrar a quem não se mostre capaz de traduzir tantos significantes e citações. acho que se suas olheiras lhe parecem convexas no reflexo da colher, você devia olhar mais nos meus olhos.

Daniel disse...

Heleninha, você é linda, mas infelizmente nós dois sabemos da sua condição, e nesse momento, acho que quero algo de real...