sexta-feira, 3 de abril de 2009

Sinfonia da falta de sentido

Às vezes me canso
Desses desperdícios de intensidade,
De intimidade compulsiva,
Sempre tão incongruentes.

Me perco nas projeções,
Nas interlocuções de luz,
Que se espalham como poeira
Pra formar a sinfonia das minhas insônias.

A trilha sonora do outono,
No transito das partículas,
No engarrafamento das moléculas,
Morreu de infarto.

Está quente demais pra palavras,
Nessa avenida de folhas rabiscadas.
Preciso de papel de pão,
Acabou de nascer um poema.

Daniel M. Laks
03/04/2009

3 comentários:

Anônimo disse...

Tempestade

Tempos de baixa energia.

Excesso de pensamentos...
Chuva...
Longos banhos quentes de banheira...

Noites que não se repetem.

Manhãs mal acordadas...
Horas desperdiçadas...
Toda a música que se pode escutar...

A incapacidade de controlar o pensar.

Encontros dispersos...
Sorrisos em excesso...
Energia que talvez não se devesse gastar.

Não saber quando parar.

Tarefas amontoadas...
Muitas bebedeiras e noitadas...
Vontade de se entregar até nada mais sobrar.

A vida tem pressa
E a palavra expressa
O que não dá pra controlar.

(Tenho acompanhado e me inspirado!
Saudades! Beijos Naty!)

Anônimo disse...

Amo vcs!

Maria disse...

Fui eu aí em cima...
Dani, gostei demais.
Retrato!!

Naty, te vi!