Dois dedos trêmulos apertam o cigarro.
Os lábios se separam pela língua que passa
Como se quisessem dizer algo,
Como se o homem não aniquilasse o homem
Numa pulsão entre o som e o silêncio.
E o vidro da garrafa distorce o negro do mundo
No espelho branco das córneas
Enquanto o olhar repousa sobre o gesto suspenso.
Daniel M. Laks
19/07/2010
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